Brasil Potência Mundial em Software

Prezados Interessados em Tecnologia e Inovação,

No sentido de ter mensagens mais sucintas do primeiro post, um calhamaço de 40 páginas, vamos postar resumos curtos e direto.

Brasil Potência Mundial em Software.

Isso mesmo, entre 1991 até 1998, portanto 20 anos atrás, o Brasil era a segunda maior potência em Software do Mundo, nenhum país, fora os EUA, possuía tanta Tecnologia em Software quanto o Brasil, Tecnologia Mesmo, pra Valer. É fácil comprovar isso pois tínhamos a … 

 

 

 

Maior Feira de Software do Mundo – FENASOFT !

Incrível, não é mesmo, o Brasil sediava a Maior Feira de Software do Planeta, 1.000.000 de visitantes, milhares de empresas, centenas de produtos, mais de 10 Sistemas Operacionais, mais de 10 Processadores de Texto, e outros tantos de Bancos de Dados, Linguagens, Geradores de Aplicação, AntiVírus e demais Softwares Básicos, Produtos com Patentes, Tecnologia Brasileira de verdade.

Imaginem, o Brasil com mais Tecnologia de Software do que a Coreia do Sul, Israel, Irlanda, pois esse era o tamanho de nossa Industria de Software na década de 90, Industria que justamente se apresentava na FENASOFT.

Jornal Nacional, lançamento do Windows 95 na FenaSoft 1995

https://www.youtube.com/watch?v=fq9BAytoVgY

Fantástico da Globo anuncia 400.000 visitantes na FenaSoft 1991

Para comparar, a maior feira de tecnologia do Brasil em 2017 foi a Campus Party, que no evento em Brasília alcançou 60.000 visitantes, 15 vezes menor que a FENASOFT. Outro dado que assusta foi a baixíssima participação de Tecnologia Nacional, quase tudo estrangeiro … o oposto da FENASOFT, onde a maior quantidade de Tecnologia era Nacional.

Atualmente o Brasil não possui nenhuma Feira de Software, zero.

Na década de 90 o Brasil estava no caminho certo: Gerando Riquezas com Tecnologia.

Porém existia um problema, ou assim pensavam, todo o Investimento em Tecnologia era Privado, o governo não contribuía em nada para a pujança gloriosa da Tecnologia Brasileira.

Então, chamaram os Universitários para solucionar essa situação, o pensamento era o seguinte, se o Brasil já é uma Potência atualmente, com centenas de empresas produzindo Tecnologia, será ainda maior caso o Governo contribua através de Fomentos, Incentivos Fiscais e Subvenções, atividades não previstas no arcabouço legal, na época.

Desta forma foram publicadas várias Leis, Portarias, Regulamentos e demais instrumentos para permitir o Governo estimular uma Industria Grandiosa implantada no Brasil, as principais são: Lei de Informática, Lei de Inovação, Lei do Bem, SOFTEX, PPB – Processo Produtivo Básico, CERTICS, Qualidade de Software, centenas de Editais da FINEP, CNPq, e várias Fundações de Apoio a Pesquisa nos Estados.

A Política Industrial Brasileira Matou a Industria Nacional.

Morte não anunciada, nem divulgada, nem percebida em nenhuma pesquisa, relatório ou observatório dos órgãos competentes para desenvolver o Brasil Industrial e Tecnologicamente, como é que uma indústria daquele tamanho desaparece e ninguém faz nada, ignora completamente, nem anuncia ou divulga ou sequer faz questão de tomar conhecimento, simplesmente o desastre da Política Industrial.

Resultado, o Brasil que era uma Potência em Software virou Terceiro Mundo em apenas poucos anos, a Industria desapareceu totalmente, hoje praticamente não temos sequer um Sistema Operacional, a Urna Eletrônica, troféu e símbolo da Tecnologia Nacional na década de 90, é totalmente estrangeira hoje (com essa quantidade de backdoors revelados, as vezes me pergunto sobre a segurança e controle do processo democrático desse país).

Custo Brasil revestido de Fomento à Tecnologia.

Pois bem, o problema não acaba apenas com a destruição da indústria, o Brasil que não gastava em nada no Fomento a Inovação e Tecnologia, passou a gastar cada vez mais, e mais, … atualmente 12 Bilhões de Reais por ano.

O Governo, ou seria melhor dizer o povo brasileiro, sustenta o MCTIC, MDIC, FINEP, CNPq, SEBRAE, SESI, SENAI, dezenas de FAPs (Fundações de Apoio a Pesquisa) e centenas de ICTs – Institutos de Ciência e Tecnologia ligados as Universidades Pública, que, curiosamente, não geram nem Ciência nem Tecnologia (!!), geram sim, uma burocracia monumental, um papelório infinito.

Brasil na últimas posições em Inovação e Competitividade no Mundo.

Em várias publicações ranqueando os países em Inovação e Competitividade em 2017 indicaram o Brasil nas últimas colocações, apesar de algumas dezenas de Bilhões de Reais serem gastos para promover justamente Inovação e Tecnologia, alguma coisa ta muito errada.

A ineficiência do fomento e a resultante nula do movimento browniano.

Pelo exposto, podemos comparar o Fomento a Tecnologia e Inovação no Brasil com a Flutuação Quântica de Vácuo, onde as atividades são volumosas, frequentes e furiosas, mas a resultante é zero.

O que o Brasil realiza com Bilhões de Reais ?

Essa é a pergunta que deve ser respondida, o que fazem com Bilhões de Reais aplicados a Inovação e Tecnologia pelo MCTIC, MDIC, FINEP, CNPq, SEBRAE, SESI, SENAI, dezenas de FAPs (Fundações de Apoio a Pesquisa) e centenas de ICTs – Institutos de Ciência e Tecnologia ligados as Universidades Públicas ?

Todas essas entidades vão relatar muitas atividades, porém o resultado é pífio, ou nulo, a burocracia (documentos, relatórios, pesquisas, enfim papelório) tende para o infinito, mas …

… nos últimos 20 anos, o Brasil andou para trás em Inovação e Tecnologia, será que podemos chamar de Entreguismo Tecnológico ?

A anedota é: o Brasil, nas décadas 80 e 90, educava engenheiros para construírem computadores, já nas décadas 00 e 10, educa engenheiros para vender computadores.

 

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Sobre Jairo Fonseca

Ativista Tecnológico desde 1995. Empresário de TI desde 1987. Analista de Sistemas com +40 anos de experiência.

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