Os Erros do Fomento à Inovação e Tecnologia no Brasil

Como apresentado nos posts anteriores, o Brasil está numa situação curiosa, uma contradição monumental dado os volumes, tamanho e quantidades de trabalhos realizados.

O Brasil possui:

  • Um dos Maiores PIBs de TI do mundo, é Gigantesco.
  • O Estado Brasileiro como principal comprador de TI, mais possibilidades do Uso do Poder de Compra.
  • Um mercado interno igualmente Grande, Top 10 Global.
  • Uma das maiores redes de Inovação do Mundo, com Centenas de ICTs Institutos de Ciência e Tecnologia.
  • Vários Bilhões de Reais para gastar todo ano.
  • 90 Parques Tecnológicos !!
  • Centenas de Universidades de TI.
  • Um dos maiores arcabouços legais para Fomentar Tecnologia e Inovação do mundo, Lei de Informática, Lei do Bem, Lei da Inovação, Fundos Setoriais, Renúncia Fiscal das Empresas, CERTICS, PPB, etc. que são operadas pelo MCTIC, FINEP, CNPq, EMBRAPII, FAPs, SOFTEX.

Porem, infelizmente:

  • O Brasil está nas Últimas Posições no Mundo quanto à Inovação e Competitividade !!

Como se explica essa contradição ?

 

 

 

O pior é que essa estrutura toda, em vez de Gerar Riquezas, Geram uma Despesa Bilionária, Custo Brasil da Burocracia sem fim, toda paga pelo povo brasileiro.

Esse processo está rodando desde 1991, se alastra por governos, e sempre piora, as Despesas Aumentam e o Brasil caindo nos índices de Inovação e Competitividade.

Seria bom avisar que não adiantar colocar mais dinheiro num processo que está desenhado a não Gerar Riquezas, as Despesas só vão aumentar cada vez mais.

Em todos os países onde a Tecnologia Gerou Riquezas o foco dos Fomentos são:

  • Empresas Privadas Com Fins Lucrativos.

O oposto do foco dos Fomentos a Tecnologia e Inovação no Brasil:

  • Institutos Públicos Sem Fins Lucrativos.

É fundamental termos conhecimento que o Conceito “O Estado Fomentar o Estado para Gerar Riquezas” não funcionou em lugar nenhum do mundo !!

O país que mais alcançou sucesso nesse conceito foi a Alemanha Oriental, porém quando eles olharam para o outro lado, desistiram … derrubaram o muro.

Qual o problema então ? Os principais são:

Pesquisador Público é vocacionado, ele quer Aposentar Pesquisador Público.

Mesmo que um Pesquisador desenvolva uma Tecnologia, ele não vai pedir demissão do serviço público, abrir uma empresa, contratar secretária, vendedor, pré-venda, contador, aluguel, registrar patente no INPI, criar plano de venda, fazer POC, abrir site a internet, fazer apresentações, convencer compradores, certificar a empresa em uma dezenas de metodologias, concorrer com produtos estrangeiros, etc.

Não !! O Pesquisador Púbico vai Aposentar Pesquisador Público.

Então, quem vai cuidar das Tecnologias Criadas pelos ICTs Públicos ? Ninguém.

Contrapartidas Públicas

Outra questão que está no cerne fundamental do Fomento é a Contrapartida, instrumento criado para dar Garantias ao Estado que o Recurso do Fomento tenha frutos, isso é, Gere Riquezas, portanto a Contrapartida é o sinal de quem acredita no negócio e entra no Risco junto com o Estado.

Caso o Fomento não Gere Riquezas quem colocou as Contrapartidas terá Prejuízo.

Pois bem, até aqui tudo bem.

O problema está nas Contrapartidas dos ICTs Públicos que apresentam Contrapartidas Públicas, ou pagos pelo poder público, portanto: 

  • O Estado entra no Risco junto com próprio o Estado !!

Ninguém terá prejuízo individualmente, o Prejuízo será Socializado, isso é, distribuído por toda população brasileira.

Todos perdem … o povo brasileiro ficará mais pobre. O Fomento não Gerará Riquezas, tornar-se-á Custo Brasil, Desperdício e Burocracia.

A solução para ambos os casos são bem simples:

  • Mudar o foco do Fomento para as Empresas, obviamente os ICTs são bem vindos para apoiarem as empresas.
  • Exigir Contrapartidas Privadas em todos os Fomentos.

Devemos aprender com os países onde a Tecnologia Gera Riquezas e focalizar as Empresas com Fins Lucrativos.

Exigir Contrapartidas Privadas Garante ao Estado, e todo povo brasileiro, que os Recursos serão apropriados no sentido de Gerar Riquezas, pois caso contrário quem aportou Contrapartidas terá prejuízo.

 

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Sobre Jairo Fonseca

Ativista Tecnológico desde 1995. Empresário de TI desde 1987. Analista de Sistemas com +40 anos de experiência.

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